08/10/2014

Continuação da continuação do dia 12: Livros, manuais escolares e revistas (Projeto 30 dias a destralhar II)

Em conversa com um colega de trabalho, contei-lhe que estava a destralhar livros, ele está a par dos destralhanços que vou fazendo cá em casa.
Ele é uma pessoa dos seus 50 e tal anos que nunca deitou nada fora, roupa, sapatos, livros, revistas, e pelo que conheço dele, eu não vi, mas acredito que tem a casa mais organizada que a minha. Tem uma garagem com prateleiras e caixotes onde vai arrumando aquilo que já não precisa.
O que ele faz é tão válido quanto eu querer desfazer-me de muitos dos meus pertences. A ele não incomoda e possivelmente traz-lhe a sensação de segurança e conforto. Já a mim, tralha faz-me confusão e desconforto e neura, é uma doença, sentimentos negativos.
Preciso de ver o ambiente que me rodeia mais livre, preciso de saber que a garagem tem espaço para o carro e está arejada. Estou a gostar de viver com menos objetos, ter a casa mais vazia, ou melhor, menos cheia de coisas.
Continuando, o meu colega disse-me que era incapaz de deitar um livro fora ou dar ou reciclar, libertar-se de um livro. Porque é um livro! Sagrado. Coisa importante e que fica escrito para a prosperidade. Acontece que eu adoro livros, mas há livros e livros. Tenho uma pequena biblioteca com alguns livros, aqueles que acho que merecem ocupar espaço. Periodicamente, de 2 em 2 anos, faço uma escolha e lá vai um ou outro fora. Há livros bons, já cheguei a ver/ler livros cheios de erros ortográficos ou com traduções péssimas. Há livros que já me disseram muito e que hoje não significam nada para mim. A maioria deles não tenciono reler.
Tenho assim tentado resolver o apego que tenho pelos meus livros. E de forma tranquila, aos poucos, vou destralhando devagarinho e sem lágrimas.

Hoje dediquei 10 minutos a destralhar mais uns livros, 3 panfletos e alguns manuais escolares.

Ficam as fotos de hoje... A caixa vai para o carro amanhã de manhã para doar a uma instituição. Os manuais escolares vou doar a uma professora. Alguns vão diretamente para a reciclagem.
Ainda há muito para destralhar, amanhã há mais!

Sentem apego por algum objeto em especial? Como lidam com isso?



 

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